terça-feira, 22 de novembro de 2011

Ainda há


Se quiser eu posso te contar sobre o meu dia. Te falar que me atrasei logo de manhã, que meu café foi quase uma corrida contra o tempo. Posso te contar que eu quis te ligar, mas o receio me impedia, e eu já sabia, que não demoraria muito e você me ligaria. Ainda posso te contar tantas coisas. Ainda tenho tanta vontade de te ensinar as coisas que aprendo todos os dias...

Se você preferir eu posso não falar nada, e me dedico à ouvir o som da sua respiração. Posso só deitar no teu colo e contar os teus poros, posso só te ceder meu cabelo pra você bagunçar. Eu ainda posso tantas coisas... ainda há tantos detalhes nos nossos corpos à serem observados...

Mas eu também posso me exceder, posso tudo ao mesmo tempo, conversar, gritar, contar teus poros. Posso te fazer rir como de costume, posso te tirar do sério, que não é novidade, posso te chamar pra sair que seria uma surpresa. Ainda há tanto o que admirar... ainda há tanto com que surpreender...

Não espere que eu defina, dê nomes e consiga explicar. Não espere que eu tenha um motivo pra te procurar e te prender a mim. Basta você saber que ainda há.

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