quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Difícil é não querer olhar pra tráz.

Pior que chorar pelo leite derramado, é não chorar pelo mesmo. É como rezar para que a noite chegue, e quando as sombras vão ficando cumpridas, perceber que o dia nos mostra bem mais. Ainda mais triste e violento, é não sentir tão forte a dor da punhalada. É quando me dou conta de que adormeci, que estou quase isento de qualquer tipo de golpe. E eu que pensei não saber nada de mim, estava certo. Me surpreendo com o tamanho dos meus passos, rezando para que não pesem as pernas e eu tenha que parar no meio do caminho. Uma estrada triste, escura e cheia de placas que induzem a meia volta. Que me faz tentar olhar pra tráz, que me faz querer o que está à minha frente. Que me mostra que a vida nos dá e nos tira algo bom ao mesmo tempo, e nos deixa confusos, sem saber se pegamos algo de volta, ou se abraçamos a novidade.