quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Descompromisso poético.


Pode usar, pode abusar, pode ir mas sem esquecer de voltar. É sorrir, planejar no escuro, é viver sem nunca, nunca, nunca prometer. Me chama, me manda embora, me mantém por perto e perde a hora, mas não me ignora, nem desfaz de mim sem antes me avisar. Diz que não quer correr, me avisa que vai devagar, e eu me torno lento se eu acelerar. Eu não quero esperar, eu não posso cobrar, mas não sei "não me mostrar". Não é descompensado nem é desmedido. É espontâneo, calmo e ponderado, e acende uma libido de força maior e sem perceber damos um nó, cego por não querer ver. Mas eu vou além e sem recuar, sem pensar no que possa acontecer. Sentir é consequência do que poderá fazer, se algo além do corpo se manifestar. E deixa ele falar, deixa ele gritar, ele não sabe se conter, nós não podemos fazer calar. Caso ele queira incomodar, independente do que ele tenha a dizer, tornarei ineficaz o seu argumento, atropelando-o sem dó. Sem fazê-lo calar, desmancharei o nosso nó e continuaremos ainda mais soltos. Eu por mim, você por você, nós por todos e um pelo outro.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Por tudo que foi bom.

Por todas as vezes que pudemos sorrir juntos, sem dar mais tanta importância aos dias em que odiei você. Por todas as poucas vezes em que fui uma prioridade e por todas as inúmeras vezes que usei da minha empatia pra saber o que se passava aí, Tentativas fálhas, mas ainda assim, tentativas. Por todas as vezes que não me chamou pelo nome, por todas as vezes que os meus quizeram ser os seus. Por todas as vezes que esquecemos onde estávamos e deixamos que o tezão gritasse mais alto. Por todos os presentes, por todas as vezes que dissemos "eu te amo". Por todas as vezes que dissemos "Estou com ódio de você". Por todas as promessas que fizemos, por todas as tentativas falhas e vitoriosas. Por todas as lágrimas que me diziam alguma coisa e também por aquelas que não me diziam nada. Por tudo que foi bom, por tudo que aprendemos, por tudo que ainda somos e podemos ser. Por tudo isso, não volta... se eu não te chamar.