quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Mestre coração.

Agora eu sei o que há de mais difícil em amar, sei onde estão as perguntas que todos se fazem, onde estão as falhas. Sei responder pra mim mesmo o que eu pergunto pros meus amigos que não vêem saída, já que agora eu também não tenho. Vejo que eu caminhei tanto, que eu aprendi tanto mas na verdade eu ainda não sei de nada e nunca vou saber. Pois de que adianta tanta autivez, tanta arrogância e prepotência se agora eu não tenho pra onde ir, onde a humildade chega a ser confundida com humilhação. Eu não sei bem, parece que tudo se une na minha cabeça e não conseguem se interligar, mas ao mesmo tempo elas se entrelaçam e dão um nó cego. Não sei mais onde está a parte boa de ter alguém por que tudo se perdeu, tudo está a um paço de virar "nada",e mesmo eu sabendo que tudo o que se viveu resultou nisso, absolutamente uma dúvida, eu ainda quero duvidar. Realmente chego a duvidar da capacidade do ser humando de pensar, de reagir perante situações onde o coração é quem está no comando. É nessa hora que começo a pensar que Deus não criou o homem, talvez Deus tenha criado o coração e o homem não passa de uma caixa, uma máquina orgânica que leva o coração onde ele bem quer. O coração manda, o corpo faz. O coração grita, o cérebro que se ilude na insistência de comandar, tenta silenciar o coração, mas é inútil, não há quem silencie essa voz. Depois de toda uma avaliação sobre o poder do coração e a inutilidade do cérebro, onde cheguei? Ou melhor, onde chegou o meu coração? Ele está bem aqui dentro de mim, tentando fazer meu corpo sentir sintomas de saudade e ele bem consegue. E eu, esta caixa orgânica, escrevendo o que meu coração tenta dizer e a mensagem parece bem clara. Meu coração ama, sem saber por que e nem onde vai chegar, ou melhor, ele sabe onde chegar, mas ainda não me disse. E enquanto isso fico aqui, esperando que meu coração comande meu corpo à encontrar o dela, e ela esperando que seu coração comande-a à procurar meu corpo. O coração só não sabe quando não pode ir, pois sua autosuficiência deixa de lado o poder do cérebro.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Aqui se faz, aqui se paga

Lamento a forma difícil como a vida te fez repensar os erros. Ter que passar pelas situações contrárias, reviver exatamente o que me fizeste passar, mas é assim que aprende quem não "precisa" escutar ninguém, esse é o mal da autosuficiência. Meu lamento é genuíno, me entristece ser vítima duas vezes dos teus erros, mas me ponho à disposição para esperar que tu aprendas a ver o quanto alguém move céus e terras por você. Um dia vai perceber, ainda que tarde demais, que o amor não espera mas quem o carrega sim. Mas pense que se eu ficar e o amor se for na sua constante pressa, todo o teu esforço terá sido em vão, pois de nada sirvo se não tenho o que me sustenta contigo.

p.s.: Tenho pressa.