terça-feira, 20 de julho de 2010

Um descritivo de dois


Leva consigo aquele meu beijo, e guarda-o sob sete chaves. Guarda e não esquece de conferir sempre se meu abraço ainda te afaga, se ele ainda surte um efeito revigorante. Repete, sussurra pra si o que mais gostar de ouvir de mim e deixe essas palavras em sigilo absoluto. Grava no teu corpo o meu toque, faz das minhas digitais centenas de tatuagens, e assim eu não saio tão fácil da tua pele, e vou estar contigo onde estiver. Lembre sempre que meus olhos não saem da tua mira, que eu te vigio, te controlo, que o que existe entre nós é quase um cárcere privado, que te deixa acorrentada com as mãos pra tráz, sem chance de escapatória. Não se permita nunca mais se perder do alcance da minha visão, te perder de vista só vai aumentar mais a minha ânsia de te procurar. Somos um vício recíproco, eu sustento o teu, você sustenta o meu, e assim nos acabamos em nós mesmos. Um é o mal do outro, a doença mais gostosa que se pode ter, que não tem remédio, não tem cura, e não há santo ou reza que nos faça desgostar. De um todo, no geral, de um modo mais simples, apenas nos queremos um bem, somos apenas a nossa imensurável vontade de prosseguir.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Existem outros mares.


Olha e percebe o que estão fazendo as suas fraquesas; me deixando longe de te alcançar mais uma vez, e me jogando contra a parede, me forçando a ir contra os meus princípios, mas seria proposital? Quer me fazer pagar pela minha língua num maldizer de infidelidade? Mas a quem? Olha pra mim e me diz se o que eu fiz foi errado, se eu falei alguma coisa na hora errada, por que é cômico demais, quando o jogo vira e dessa eu que fiquei com todas as cartas na mão, sem ter pra quem soltar. Acabou o jogo pra mim? Tenta ao menos uma vez não se colocar no lugar de vítima que não é seu, não seja assim tão apelativa, e mais, não se arrependa das palavras usadas, águas que não voltam mais e vão embora a perder de vista, mas deixa molhado. Nesses teus 15 minutos de pensamento, nossa! Assim tão meio que repentinamente uma mudança de ponto de vista, dessa forma não se faz melhorias pois não houve o planejamento. Como poderá concertar os buracos na nossa estrada, se em tão pouco tempo, de certo, não teve tempo de rever os conceitos de ESTAR MELHOR. É na forma descabeçada de resolver as coisas que se perdem as cabeças novamente. E lá se vão descabeçados recuperar as cabeças. Vamos pensar então, como manda a sua vontade, que vai e volta. Vamos esticar os prazos e vamos nos jogar no primeiro par de belos peitos que aparecerem, mas, a minha sorte é que não é só peito que vem no Kit; vem beleza, doçura, e vem o apoio. Alguém ja me disse e hoje eu te repito, que não devemos deixar que o vento leve pra outros mares o nosso barco, devemos girar o mastro em direção ao mar que queremos estar. Se não virar logo o meu mastro, o vento vai me levar e já tem lugar pra mim em algum mar.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Obstáculo ou oportunidade?


Aqui, bem no meio da rota dos meus vinte e poucos anos, saber o que é certo e o que é errado ainda é meio difícil. Porém, é aquela fase em que não se pode dar nenhum vacilo, que todos os olhos se voltam pra você, em busca de um ponto podre, como um bando de urubús famintos de olho na primeira carcaça que aparecer. Porém, também é aquela fase de agarrar as oprtunidades, sem deixar espaço pra que elas escapem, caso contrario, te tomam os piores adjetivos, desde aqueles construtivos que no final das contas servem pra alguma coisa, até aqueles pejorativos, que no final, se você tiver um índice de superioridade, não te atingiram de forma alguma. Mas e quando as pessoas são as próprias oportunidades e outras pessoas são os próprios obstáculos? Até que ponto alguém pode se tornar dispensável, ou até que ponto alguém pode fazer parte do seu sistema de decisões? Bom mesmo, é quando alguém lê um texto desse e diz que eu estou errado, pois nós mesmos é que fazemos as oportunidades, ou que nós mesmos é que domamos a nossa voz e ninguém é capaz de influenciar ninguém numa decisão. Enfim. Essas frases feitas ridículas, que todo mundo fala e ninguém sabe o que elas querem dizer. Uma pessoa, que ao mesmo tempo é uma oportunidade, talvez não tenha vindo na hora certa, e por mais que você queira agarrar aquela oportunidade, tem sempre aquela pessoa, que é um obstáculo, que não vai embora, que você não quer que ela vá embora. Quer continuar com o obstáculo, mas também quer a oportunidade. Difícil? Difícil mesmo é quando a oportunidade e o obstáculo andam praticamente de mãos dadas e estão sempre ali; o obstáculo se apoia na oportunidade e a oportunidade considera o obstáculo. Pra complicar mais ainda, você percebe que aquele obstáculo não é exatamente um obstáculo. É quase uma solução pros seus problemas e é tudo que você quer ter, mas por ser um obstáculo, é muito difícil e quase desmotivador. Nossa, agora você já deve até ter cansado de ler isso tudo e quase pensou em desistir, e isso é um obstáculo. Mas o que quero saber é: Existe uma oportunidade que te persegue, de maneira sutil mas persegue, mas também existe um obstáculo que te puxa pra perto dele, e isso muito de agrada. Você corre pro obstáculo ou pra oportunidade?