terça-feira, 19 de novembro de 2013

O peso das escolhas

Andei pensando em mim, lembrando aliás, em como eu era antes de você. Senti saudades dos dias em que eu era a minha melhor companhia. Lembrei das nossas conversas sempre entre mim e meus cadernos, das vezes em que minhas lembranças me faziam rir. Minhas lembrança ainda são bem divertidas, mas ultimamente temos nos visto pouco. Isso porque ando ocupado demais com problemas reais. Me lembrei dos meus sonhos banais que há tempos também não ouço falar, pois só tenho ouvido sobre os sonhos alheios, ou pelo menos os sonhos não mais individuais. Sim, eu precisava disso, eu gostava muito de sonhar com o que não era importante, aquilo me fazia rir, me fazia imaginar coisas boas que jamais viriam. Sentir saudades é bom, já disse alguém que "é melhor do que caminhar vazio", mas do contrário, não ando vazio. Ando cheio até demais. Talvez eu tenha depositado em mim coisas que eu não podia carregar, como se eu precisasse "malhar" a minha vida, pra ver se ela ficava mais forte e aguentar o peso das escolhas que fiz. Não me arrependo, não tenho remorso algum, muito pelo contrário, era isso mesmo que eu queria, eu só não sabia que eu não saberia lidar com tudo isso.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

O que você leva na bolsa?

Há quem preste mais atenção no que se leva fora da bolsa do que no que há dentro dela. Falo daquilo que leva sol e chuva todos os dias e quando acaba você tem que comprar outra, e você põe dentro da bolsa nova o que havia na bolsa velha; suas ideias, suas mágoas, seus planos e lembranças. Nada tem mais importância do aquilo que formamos dentro de nós, do que tudo aquilo que coletamos no caminho e jogamos dentro da tal bolsa. Não interessa quantas você tenha, quantas você compre, se ainda está na moda ou se é retrô, se é uma "tipóia" ou uma Louis Vuitton, lá na frente alguém vai querer que você abra-a, e o que você vai ter para mostrar? É seguro despejar toda a sua tralha de uma vez só? Você tem mesmo algo de interessante dentro dela que queira compartilhar? Sempre vai haver quem queria ver só a bolsa, alguém que admire-a sem saber o que ela trás, porque para algumas pessoas isso não importa, que o bom mesmo é ter beleza e preço, que é variável, mas o que carregamos dentro dela não muda. É o que tem dentro dela que diz quem somos, como somos e porque somos. É o seu recheio, é o seu peso que vale. Se a sua anda pesada demais, livre-se do que não te interessa, do que não de engradece e isso vai te proporcionar um andar mais confortável, vai te fazer aproximar-se mais de quem já andou mais que você por ter uma carga mais leve, mas não precisa pressa, não vá fazer uma faxina. Basta permitir-se desapegar do que não é bom, e quando notar você vai se perguntar porque passou tanto tempo fazendo tanta força pra nada.

"Mentir pra si mesmo é sempre a pior mentira."

Cuidado ao fazer exigências a si próprio. A possibilidade de dar tudo errado é a mesma de alguém te decepcionar, mas as consequências são bem piores. A autocrítica não foi dada a todos, mas todos que a tem abriria mão dela, só para não ter que frustrar-se consigo mesmo pela segunda vez. Se fazer promessas é tão ruim quanto um juramento de honra, pois é dispensável o pudor e a tolerância na hora de se cobrar, pois não foi dado tempo para pensar antes de se exigir.